De 28/08 ao 31/08.
Já trazia esta viagem na manga há muito tempo. Demasiado tempo. Desde o início da primavera que digo para aí à boca cheia, mal aparecça o primeiro FDS soalheiro meto botas a caminho.
Com o verão a esgotar-se, há cerca de semana e meia olhei para a agenda e vi Setembro cheio. Telefono ao meu amigo Paulo Casacão de Elvas, e aviso-o logo: ou é no FDS de 31 de Agosto ou então nada feito. Este, infelizmente ficou em terra...
Sobrámos eu, a "Maria", a Varadero e uma vontade enorme em nos metermos à estrada para conhecer tão apregoado paraíso.
Entretanto, começo a fazer as marcações do alojamento em cima do joelho e eis a primeira surpresa: cai-me do céu o site Quierohotel que me fez desaparecer todos os meus receios, ainda mais com a benesse duns preços imbatíveis de last minute, que nem vos conto. Aqui a opção "camping" caiu logo de pé.
Omitindo, para já, a parte menos agradável das longas e aborrecidas tiradas em viagem, passo à preparação dos circuitos no parque natural dos Picos, que é tarefa bastante simples (aliás, como os experientes já sabem).
Depois de ler algumas excelentes crónicas que por aí circulam nos sites da especialidade incluíndo aqui as do TrailAdv, traça-se o itinerário em torno do parque no sentido dos ponteiros de relógio.
E nesse sentido, porquê?
Sendo esta uma zona de montanha naturalmente que é fria, como tal prefiro apanhar o sol pela frente para assim ter mais conforto térmico.
Ao consultar o mapa verifica-se que os locais obrigatórios ligados entre si formam um anel, sendo a ideia a de traçar o andamento de forma a definirmos um círculo envolvente.
MAPA DO PARQUE DOS PICOS DE EUROPAA ligação de Cangas a Covadonga nota-se na pequena e sinuosa estrada a cinzento, que entra pela mancha verde adentro. Logo a seguir a Covadonga ficam os lagos, Enol e Ercina.
Assim, tomando como referência Cangas de Onís, cidade onde há mais capacidade de alojamento (hotéis, casas rurales, camping´s, etc…) e por ser o ponto de convergência de várias estradas, inclusive a que conduz à saída para Oviedo, tem-se para direita/nascente Arenas de Cabrales a 30km.
De novo a nascente, Panes surge logo a seguir a 23Km. Para sul, Potes fica a 27km e até lá passamos pelo desfiladeiro de la Hermida.
Para a esquerda/poente, temos a ligação a Riaño em 56Km, a tal localidade junto à grande albufeira (Embalse de Riaño).
A fechar o circuito subimos para norte, via desfiladeiro de los Beyos, até Cangas novamente fazendo 65Km.
Num total de 200Km de circuito.
Naturalmente que em complemento deste circuito-mor, temos as ligações ao maciço central, tais como a de Cangas-Covadonga com 11Km, Covadonga-Lagos com 13Km, sem saída;
Arenas de Cabrales-Poncebos-Bulnes (funicular) com 9Km;
Potes-Funte Dé (teleférico) com 23Km, sem saída, e por fim Portilla de la Reina (a meio caminho entre Potes e Riaño) até Posada de Valdéon com 20Km.
E estas são as rotas alcatroadas…, em terra (que eu sei que é coisa que gostamos pouco...) há muitas mais. Mas isso são contas doutro rosário!
No que respeita às viagens de ida e volta, o itinerário para os Picos foi: Viseu, Chaves via A24, “all the way up”;
dormida em Chaves, muito próximo do local onde pernoitei aquando do Lés-a-Lés.
No Sábado de manhã (29/09) cruzei a fronteira e segui de Verin para Benavente pela A-52.
Aí subi pela a A66 e decidi sair à direita antes de León, rumando para Cistierna e depois até Riaño.
Desse ponto foi sempre a rolar até Cangas de Onís, muito devagar no desfiladeiro de los Beyos.
Já em Cangas fiquei no Hotel Puente Romano.
No dia seguinte fiz a volta da praxe (muito por alto): Covadonga, Arenas de Cabrales, Panes, Potes, Fuente Dé. Não continuei até Riaño, voltei para trás para apanhar a estrada de acesso aos lagos de Covadonga já aberta (a partir das 20h00) tendo nessa noite pernoitado em Mestras de Con, no Hotel La Ruta de Cabrales (11Km de Cangas).
No dia seguinte, o regresso a Viseu fez-se por Oviedo, A-64 e A-66. Virando em Benavente para a A-52, logo à frente saí para uma oportuna visita ao lago de Sanabria e Puebla de Sanabria.
Entrei em Portugal por França (onde começou o Transmontes BB dos Nomad´s) e Bragança logo a seguir. O resto já é sabido: Ip4 até Vila Real e A24 até Viseu;
Notas:
-a pequena estrada para os lagos só está aberta aos veículos de turistas até às 8h00 da matina ou então depois das 20h00;
-recomendaram-me esquecer Covadonga devido ao grande número de turistas que ali afluem. Muito francamente neste últimos dias de Agosto não tive esse azar, aproveitei e perdi algum tempo no santuário (Covadonga);
-o teleférico em Fuente Dé, às 4h00 da tarde do dia 30, encontrava-se com pouca gente como tal toca a subir (caro mas vale a pena esta cereja no topo do bolo);
-na próxima vou explorar a zona de Arenas-Bulnes (funicular) e na sequência desta a Ruta del Cares (anotem este nome), e o que mais vier…, Cain logo se vê...;
-se me convidarem para uma voltinha naquelas pistas nas inumeras moto 4 que há lá para alugar, aceito de bom grado;
-não percam muito tempo com a Sidra, a meu ver é uma treta, o irmão do tio do meu sogro tem uma zurrapa muito melhor;
-aproveitem e peçam um dos muitos pratos com carne como o entrecosto de vaca (diferente do nosso por não trazer o osso) ou o Chuletón de vaca! Também há muitos pratos de peixe fresco, não estivesse a costa atlântica a 25km;
-não me consigo habituar ao Zumo 550! Que é que hei-de fazer…
Como não fotografar a catedral de León - na ida:
Catedral de Oviedo - no regresso
LAGO DE SANABRIA - no regresso (qualidade de maq. de telemóvel)
PUEBLA DE SANABRIA - no regresso
PUEBLA DE SANABRIA - na ida
Até à próxima, seja ela em moto, 4x4 ou de carro, equipadinho para a neve !