Buenas,
Ainda com dores em tudo o que é músculo e a recuperar a nódoa negra do joelho, não consigo deixar de sorrir ao pensar no fds que passou.
Até nem começou mto bem, logo na 6ªfeira a caminho do almoço fico sem gota na DR, ligo ao Barroso que na SpeedyScooter lá me vem desenrascar (Obg Amigo).
A DR continua a fazer birra, o Barroso lembra-se que é melhor ir almoçar e lá vamos nós ter com a malta do bifinho com natas, que diga-se estava do melhor.
A malta do Porto arranca pra baixo logo, enquanto o Barroso e eu nos safamos dos assuntos "pendentes".
Viagem calma (tirando o facto de a minha direcção estar constantemente a fugir e a abanar....finalmente em Grândola constato que rolar a 120 com 0,7bar à frente é a causa da instabilidade) para poupar pneu senão os MT21 do Barroso e os meus chegavam a metade
Chegamos a Beja e o ppl do Norte já tinha mudado mais de meia dúzia de pneus, tudo a kitar as burras com pneus a estrear. O MEDO já metia respeito.
A malta vai chegando, por a conversa em dia, ajudar a trocar mais uns pneus, ajustes daki e dali, e toca de ir esperar mais uns malucos a entrada de Beja para seguir logo para o restaurante. Chega o Paulo Big, o Caetano a abrir, seguido do Serodio, Ramos e Cesar. Jantar, misto de sushi+chinese food (para alguns já era dose a dobrar). Entretanto aparece o Cruiser.
Acaba-se o petisco e toca de voltar à base.
Mais uma troca de pneus, o Cruiser lubrifica a mota, entretanto mais um aparece, troca-se outro pneu,o Cruiser lubrifica a mota, bebe-se um xiripiti,distribui-se uns DVD (obg BOB, acabei de ver agora o filme ta espetacular), o Cruiser lubrifica a mota, chega mais um, mais uns dedos de conversa, a minha mota é melhor que a tua, o Cruiser lubrifica a mota, e la chega a hora de ir xonar, ou melhor, ligar os motores...
A brincadeira durou e durou e enquanto uns tavam na palhaçada outros ligavam os motores e pronto, pregar olho ta quieto... já ouvi dizer que há provas, mas isso deixo pro Barbosa.
E cedo começa a alvorada, tudo com a pica toda, ta um frio do catano, mais malta aparece (gang das XR's), e toca de ir pro ponto encontro tomar pekeno almoço. O Careca não para de sorrir por ir na Hyosung, últimos acertos, mais malta aparece, briefing, ta o grupo completo, eu fico a fechar o grupo e siga pra bingo.
Primeiros kms em terreno misto, zonas fofas, zonas calhau, zonas estradão, algumas poças lama.... e primeiro tralho seguido de primeiro furo.
O Careca ganha o oscar pro primeiro malho e enquanto a malta recupera do pó e dos primeiros kms, o Nuno Dias trata do furo na 990. O calor aperta. enquanto isto uns experimentam as motas de outros (alguns ficam contaminados) e vice versa. furo reparado siga o caminho.
Paramos nas bombas, e chega o Pais e a Lisinha. repor energias e voltamos ao mato. Começamos a entrar na serra e a primeira subida mais a serio já provoca uns calafrios na malta. O piso muda e o MEDO começa a estar cada vez mais perto.
Lá chegamos finalmente, e lá ficamos um bom bocado. a primeira tudo passa, a segunda já impressiona mais e alguns optam pela alternativa.
Mestre Florival e o Ramiro mostram como se faz, e os restantes bravos lá se fazem à subida. chega a minha vez, tinha contas a ajustar com esta subida. não corre bem e faço-me a alternativa com o resto da malta. chegados la acima e depois de repor energias o Lança puxa por mim e acabo por tentar outra vez. antes disso ando prali perdido no meio da serra e acabo por voltar sozinho à primeira subida. serviu de inspiração e lá me faço de novo ao MEDO. custou mas lá consegui fazer aquilo.
Dali apontamos a Alcaria pois a hora de almoço estava ai. o ppl saca do farnel e toca de no meio da cavaqueira ganhar força para o resto dos kms (que naquela altura ainda eram muitos).
Mal se sai de Alcaria, paramos num ponto com uma subida jeitosa. era off track, mas o ppl atirou-se a ela. motivado pelo MEDO lá me atirei a ela e safei-me. chegado lá acima deparo-me que para sair dali ou voltava pra trás ou tinha outra subida desta feita bem pior com a que tinha acabado de fazer.
Florival sobe (mais uma vez sem espinhas), o Ramiro, eu e o Neves atiramos-nos la pra baixo e atacamos a subida. da minha parte não corre bem e dou 3 tombos (num dos quais ganho a nodoa negra no joelho). Com a ajuda do Lança e do Zé la consegui subir. estou KO. preciso descansar urgente. meto-me a ver o resto da malta. esta subida (para mim a mais F**#$%& de todas) só alguma malta é que fez, entranto o grupo separa-se e uns vão andando. a malta das transalps, o Caetano, o Pais, o Neves sobem e juntamo-nos ao resto do ppl que tinha ido à volta.
Para sair dali havia mais uma surpresa. Uma descida lixada pra caraças, com uma inclinação valente. como havia malta dispersa, reune-se as tropas lá em baixo e toca de continuar. entretanto surge outro furo, o João Soares na sua GS800, com a ajuda da malta despacha-se aquilo e toca de seguir caminho.
Seguimos para o carrossel quase ao estilo Barrocal, sobe e desce. chegamos à zona do playground e enquanto uns ficam outros seguem para o circuito. Acabo por fazer o percurso separado da malta, esta secção foi deliciosa. Voltamos a reunir tropas e desta vez é o Zé Martins que fura a XR. Outra vez com entreajuda lá se resolve a coisa, e com o dia a acabar estava claro que haveria nocturna. entretanto uns abandonam o barco, o resto da malta segue.
A noite chega e ainda faltam uns quilómetros. a comitiva já segue cansada e desejosa de chegar ao fim, miragens de oásis passam pela cabeça, e não é que eles aparecem mesmo?
No meio do nada, numa península, esta montado o acampamento. a imagem é surreal. Um gajo todo estafado, cheio de pó, dorido, agua quase por todo o lado, lua cheia, e ali, no meio uma tenda gigante, uma mesa corrida, cadeira, fogueira, manjar delicioso, feijoada ou frango, gambas, minis, cafe, bolo, xiripiti (obg amigo Florival, era um espetaculo), conversa, convívio, que mais podia um gajo pedir... É aqui que se vê o quanto as pessoas investem nisto, investem o seu tempo, o seu trabalho para que os amigos depois de um dia cansativo a fazer o que mais gostam, tenham o conforto de um hotel, neste caso de mil estrelas.
O cansaço toma conta da malta, e enquanto uns escolhem estrategicamente o lugar para montar as tendas (longe dos motores nocturnos), outros trocam experiências do dia. estoirado e com dores no joelho, sob o efeito de voltaren (obg Morais) com xiripiti vou xonar.
O acordar é feito ao som da alvorada. a malta do norte acorda cedo e arranca pra longa viagem. os resistentes acordam com mais calma e arrumam a trouxa para mais uns kms de pó alentejano. Paramos em Alqueva para o pequeno almoço e enquanto uns arrancam pra casa, outros decidem o que fazer. vai umas pistas até Beja? siga.
De Alqueva a Beja foi a voar baixinho. Quem fez este bocadinho chegou a Beja mto contente. Quer seja por rolar a velocidade que não andam no alcatrão, quer seja por rolar na alternativa (Neves, tinha dado uma filmagem espetacular), ou simplesmente por curtir todos aqueles kms em velocidade cruzeiro.
Chegados a Beja era hora de arrumar a tralha e partir em direcção a casa.
Agradeço ao MC Beringel o seu trabalho em nos proporcionar o melhor Oasis/Bivouac do mundo.
Aos companheiros de passeio pela companhia, este grupo é realmente fantástico.
À Família Lança, pela simpatia e por nos terem recebido de braços abertos,
e em Especial ao Paulo (Herr Lanza).
Organizar e receber assim os amigos não está ao alcance de todos. Um grande Abraço.